Fichamento Do Livro "Palavra & Imagem: Leituras Cruzadas"
O livro Palavra & Imagem, de Ivete Lara Camargos Walty, Maria Nazareth Soares Fonseca e Maria Zilda Ferreira Cury, traz reflexões sobre imagem ou
leitura visual imagens que ilustra textos verbais. Para fazer essa leitura
temos um professor mediador e critica para ajudarmos a fazer a releitura de
imagem ou texto.
A escrita surgiu após a necessidade de o homem registrar
sua experiencia e conhecimentos bem como sentimentos disso nasce o primeiro de
forma manuscrita, tabuas de argila, papiros e pergaminhos.
O homem primitivo serviu-se de diversos meios de comunicação, no entanto,
nenhum deles tinha a finalidade de representar a língua oral. No entanto, por
volta de 30.000 a.C., eles elaboraram um meio de registrar suas experiencias
através da “pictografia”, que os permite transmitir uma ideia, um conceito ou
um objeto através de um desenho (símbolo) figurativo e estilizado.
O homem traça sinais os mais variados: pictográficos,
mnemônicos, ideográficos, cuneiforme, hieroglíficos e fonéticos.
Martins continua explicando que o livro moderno tem
tamanhos reduzidos se comparado ao pergaminho cujas folhas não eram dobradas, o
que significa que os códices são livros grandes, no tamanho da folha.
Os primeiros pergaminhos eram quase iguais às peles de
melhor qualidade da época. Até o primeiro milênio a.C., que se desenvolveu uma
técnica com a qual se obtinha um material de escrita melhor e mais branco.
Cada forma de livro vai criando, postura física, modo
diferentes de leitura, demandando o uso das duas mãos, sendo que os rolos
impediam que o leitor fizesse anotações enquanto lia.
Na idade média, a escrita desconhecia a figura do autor
como proprietário. Isto é, a questão da autoria como propriedade e um indivíduo
não era tratada como hoje, o direito nasce de defesa do livreiro/editor para
poder manter o lucro sobre a circulação da mercadoria do livro. Nessa época
veio a leitura solitária pois as mulheres da nobreza que se inferiorizadas
buscavam alento nos livros
Foto de João Paulo Redondo - Olhares de Sapo |
A primeira impressão de livro foi na data de 1436, invenção
de tipografia do autor Gutemberg, caracterizado por ser um livro incunábulos de
leitura irregular e imperfeita, não contendo margens ou pontuação.
O livro fala que não existe texto ou leitura inteiramente
pois escritores escrevem seus textos como são leitores de seu presente e da
tradição literária a que pertencem, todo escritor por mais original que seja,
de forma consciente ou não, quando escreve, inscreve numa tradição que dialoga
por meio da intertextualidade. Que é justamente a influência ou relação entre
dois ou mais textos, analisando as referências existentes entre eles.
Como por exemplo, no “Memorial do Convento”, de José
Saramago, faz intertextualidade com “Os Lusíadas” de Luís de Camões:
Memorial do Convento
“Acompanham-nos até fora da vila as
infelizes, que vão clamando, qual em cabelo, Ó doce e amado esposo.” (...)
Ó filho a quem eu tinha só para refrigério e
doce amparo desta cansada já velhice minha.”
Os Lusíadas - Canto IV, est. 90
"Qual vai dizendo: ─ Ó filho, a quem eu
tinha
Só pera refrigério e doce amparo
Desta cansada já velhice minha,"
E o mesmo se repete em pinturas como “O Nascimento de
Vênus”, de Sandro Botticelli e “Nascimento de Oxum”, releitura feita pela
artista Harmonia Rosales.
Nascita di Venere, Sandro Botticelli |
O trabalho de Harmonia, que tem um cunho político, tem
ficado popular o mundo todo mostrando como é importante a arte representar não
apenas os estereótipos clássicos. A artista diz que o intuito de fazer tal
“substituição” é mudar o ponto de vista das obras, de um “criacionismo”, que
muitas vezes reduz a imagem feminina.
The Birth of Oshun, Harmonia Rosales |
A partir podemos começar a pensar nos hipertextos, que
circulam entre nós mediante o advento da informática e sua força de
comunicação, via internet, para designar um tipo de texto que faz menção a
outro. A leitura nos permite abrir janelas e mais janelas no texto, promovendo
um encadeamento com outros textos e contextos, sem seguir necessariamente
trilhas já traçadas.
Por: Cintia Pacheco de Paiva; Matheus de Oliveira e Silva
Comentários
Postar um comentário